Rubiaceae

Appunia triphylla Ducke

Como citar:

Mary Luz Vanegas León; Marta Moraes. 2020. Appunia triphylla (Rubiaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

909.681,075 Km2

AOO:

56,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019), com ocorrência nos estados: AMAZONAS, município de Coari (Gurgel s.n.), Itacoatiara (Kinupp 1366), Manaus (Coêlho INPA21206), Rio Preto da Eva (Hopkins 42749), Santa Isabel do Rio Negro (Hopkins 226); PARÁ, município de Belterra (Forzza 8969), Bragança (Ducke 23210), Faro (Ducke s.n.), Marituba (Hopkins 8094), Tucuruí (Plowman 9835).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2020
Avaliador: Mary Luz Vanegas León
Revisor: Marta Moraes
Categoria: LC
Justificativa:

Arvoretas e arbustos de até 2 m, é endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019). Foi coletada em Floresta de Terra-Firme associadas à Amazônia nos estados do Amazonas e Pará. Apresenta distribuição ampla, EOO=734859 km², AOO=52 km² representada em herbários, inclusive com coleta recente, e ocorrência confirmada dentro dos limites de Unidades de Conservação de proteção integral e em áreas onde ainda predominam na paisagem extensões significativas de ecossistemas florestais em bom estado de conservação. A espécie ocorre de forma ocasional (Gomes, M. com pess. 2019) na maior parte das localidades em que foi registrada. Não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos maduros, além de não serem descritos usos potenciais ou efetivos que comprometam sua sobrevivência na natureza. Assim, foi considerada de Menor Preocupação (LC) neste momento, demandando ações de pesquisa (distribuição, tendências e tamanho populacional) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua conservação no futuro.

Último avistamento: 2017
Possivelmente extinta? Não
Severamente fragmentada? Desconhecido

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Notizblatt des Botanischen Gartens und Museums zu Berlin-Dahlem 11: 482. 1932.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido o valor econômico da espécie.

População:

Detalhes: Não existem dados sobre a população.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: small tree, bush
Biomas: Amazônia
Vegetação: Floresta de Terra-Firme
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest
Detalhes: Arvoretas e arbustos de aproximadamente 2 m de altura (Forzza 8969), ocorrendo no domínio da Amazônia, na Floresta de Terra Firme (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019).
Referências:
  1. Flora do Brasil 2020 em construção, 2019. Rubiaceae in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB71526>. Acesso em: 06 Dez. 2019

Ameaças (7):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1.1 Housing & urban areas habitat past,present local high
O crescimento urbano de Manaus foi o maior da região Norte, sendo considerada hoje o 12º maior centro urbano do país, e uma metrópole regional, com 1.644.690 habitantes (estimativa IBGE, 2005). Nos últimos dez anos, Manaus, foi dentre os municípios mais populosos do Brasil, o que apresentou a maior taxa média geométrica de crescimento anual (Nogueira et al., 2007)
Referências:
  1. Nogueira, A.C.F., Sanson, F., Pessoa, K., 2007. A expansão urbana e demográfica da cidade de Manaus e seus impactos ambientais. Anais do Xlll Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Florianópolis, Brasil, INPE p.5427-5434.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.1 Annual & perennial non-timber crops habitat past,present local high
Rio Preto da Eva é um município brasileiro localizado na Região Metropolitana de Manaus, no estado do Amazonas. Está situado a 78 km da capital amazonense. É atravessado pela AM-010 que liga Manaus a Itacoatiara, e a BR-174, frentes de expansão do desmatamento, da agricultura e da pecuária. O estabelecimento do município em 1981 deve-se ao fato de ter sido implantada a colônia agrícola por imigrantes japoneses e alguns colonos brasileiros que se instalaram em fins de 1967, assim como a abertura da AM-010 (Lapig, 2018)
Referências:
  1. Lapig, 2018. http://maps.Lapig.iesa.ufg.br/Lapig.html (acesso em 11 de junho 2018).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 2.3 Livestock farming & ranching habitat past,present local medium
O município de Balterra com 439840 ha tem 5,4% de seu território (24018 ha) transformados em pastagens (Lapig, 2018).
Referências:
  1. Lapig, 2018. http://maps.Lapig.iesa.ufg.br/Lapig.html (acesso em 07 de novembro 2018).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
2.1 Species mortality 5.3 Logging & wood harvesting habitat,mature individuals past,present local very high
O município de Tucuruí encontra-se lado a lado a região de expansão do Arco do Desmatamento; apesar de possuir cerca de 50.000 km2 de Unidades de Conservação de diferentes graus de proteção, apresenta grandes taxas de desmatamento, com remanescentes de vegetação nativa estimado em menos da metade do tamanho original (Lapig, 2018).
Referências:
  1. Lapig, 2018. http://maps.Lapig.iesa.ufg.br/Lapig.html (acesso em 11 de junho 2018).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 7.2.10 Large dams habitat past,present regional high
O município de Tucuruí (PA) abriga a Usina Hidroelétrica de Tucuruí, que inundou grande extensão territorial e vastas áreas de florestas, além de promover indiretamente o desenrolar de diversos conflitos sócio-ambientais; cerca de 2.430 km², foram parcialmente inundados territórios dos municípios de Tucuruí, Jacundá, Nova Ipixuna e Breu Branco. Na área territorial desses municípios submergiram cerca de 13 povoados ribeirinhos e a cidade de Jacundá, induzindo ao deslocamento compulsório de cerca de 30 mil habitantes das margens do rio Tocantins (Rocha e Gomes, 2002).
Referências:
  1. Rocha, G. de M., Gomes, C. B., 2002. A construção da usina hidrelétrica e as transformações espaciais na região de Tucuruí. In: Trinmdade Jr., S.C; Rocha, G. M (Org.) Cidade e Empresa na Amazônia. Gestão do Território e Desenvolvimento Local. Belém: Ed: Pakatatu. pp. 309
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 3.2 Mining & quarrying habitat past,present national very high
A mineração representou 9% do desmatamento na floresta amazônica entre 2005 e 2015. Contudo, os impactos da atividade de mineração podem se estender até 70 km além dos limites de concessão da mina, aumentando significativamente a taxa de desmatamento por meio do estabelecimento de infraestrutura (para mineração e transporte) e expansão urbana (Sonter et al., 2017). De acordo com Veiga e Hinton (2002), as atividades de mineração artesanal também têm gerado um legado de extensa degradação ambiental, tanto durante as operações quanto após as atividades cessarem, sendo um dos impactos ambientais mais significativos derivado do uso de mercúrio no garimpo de ouro.
Referências:
  1. Sonter, L.J., Herrera, D., Barrett, D.J., Galford, G.L., Moran, C.J., Soares-Filho, B.S., 2017. Mining drives extensive deforestation in the Brazilian Amazon. Nat. Commun. 8, 1–7.
  2. Veiga, M.M., Hinton, J.J., 2002. Abandoned artisanal gold mines in the Brazilian Amazon: a legacy of mercury pollution. Nat. Resour. Forum 26, 15–26.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 5.3 Logging & wood harvesting habitat,mature individuals past,present,future national very high
Os centros de desmatamento de alta intensidade situados na Amazônia foram deslocados do tradicional Arco do Desmatamento brasileiro para a Bolívia, o Peru e a região Nordeste da Amazônia. Foi verificado ainda um aumento acentuado no desmatamento em pequena escala, parcialmente compensando os declínios relatados anteriormente. Os eventos pequenos de desmatamento se espalharam por toda a Amazônia nos últimos anos, mesmo em áreas protegidas. Em conjunto, esses resultados aumentam a percepção sobre novas formas de ameaças incidentes na Amazônia e apresentam novos desafios para a conservação das florestas dessa região (Kalamandeen, 2017).
Referências:
  1. Kalamandeen, M., Gloor, E., Mitchard, E., Quincey, D., Ziv, G., Spracklen, D., Spracklen, B., Adami, M., Aragão, L.E.O.C., Galbraith, D., 2017. Pervasive Rise of Small-scale Deforestation in Amazonia. Scientific Reports, 8:1600.

Ações de conservação (2):

Ação Situação
5.1.2 National level needed
A espécie ocorre em um território que será contemplado por Plano de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF pró-espécies: todos contra a extinção: Território Manaus - 4 (AM)
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada em: Floresta Nacional De Tapajós (Mansano 1101), Reserva Florestal Adolfo Ducke (Silva 1051), Parque Nacional do Pico da Neblina (Hopkins 226).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.